O que significa ESG e por que implementá-la nas empresas brasileiras?

• Isabelle Conde
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• MEIO AMBIENTE
• 20/06/2022

A sigla ESG (Ambiental, Social e Governança) tem se popularizado bastante nos últimos tempos visto que a sustentabilidade tornou-se assunto constante na contemporaneidade e uma tendência para o futuro. A preocupação com o meio socioambiental não deve mais ser tratada sob pretextos superficiais. Hoje, o próprio mercado financeiro precisa compreender seus impactos no ecossistema do planeta e buscar soluções a longo prazo para diminuir os danos de suas atividades. 

Discutir questões ambientais, sociais e de governança são essenciais em análises de riscos e em decisões de investimento. A ESG nada mais é do que as práticas ambientais, sociais e governamentais de uma organização. O termo surgiu em 2005 na publicação em um pacto global da ONU e entender os critérios da ESG torna-se cada vez indispensável para empresas brasileiras. A sigla passa a significar um selo de solidez, custos baixos e maior chance de recuperação em cenários de incertezas e fragilidades. Investidores, por exemplo, sempre estarão de olho nas práticas da ESG antes de decidir por um investimento. 

São dez os princípios do Pacto Global: 1) respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência; 2) assegurar a não participação da empresa em violações dos direitos humanos; 3) apoiar a liberdade de associação e reconhecer o direito à negociação coletiva; 4) eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório; 5) erradicar todas as formas de trabalho infantil de sua cadeia produtiva; 6) estimular práticas que eliminem qualquer tipo de discriminação no emprego; 7) assumir práticas que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais; 8) desenvolver iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental; 9) incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis; 10) combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno. 

A ESG incorpora valor às empresas. Afinal, construir um mundo mais sustentável e alcançar bons resultados financeiros não precisam ser conceitos contraditórios e sim complementares. Experimentamos uma era de extrema vigilância, principalmente por parte do consumidor. A internet já deixou bem claro que não perdoa escândalos ou organizações que não se mostram interessadas em impactos positivos no meio socioambiental. O consumidor de hoje é questionador e as tecnologias atuais permitem que ele tenha voz para disseminar possíveis críticas e acumular compartilhamentos. O público começa a aprender a escolher instituições que priorizam a sustentabilidade. 

Ignorar os impactos negativos que as organizações podem provocar no planeta ficou no passado. Sustentabilidade tornou-se um conceito que vem sendo aplicado a diversas atividades do mundo moderno. O consumidor passa a ditar os parâmetros de consumo, já que as tecnologias vigentes têm construído um usuário mais informado e que pesquisa antes de realizar uma compra. Esse perfil é atraído por marcas que se posicionam abertamente e que buscam ampliar somente os efeitos positivos de suas ações na sociedade. 

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